domingo, 24 de março de 2013

O príncipe não é um bundão

Sério mesmo, ele não é. Por mais que tenhamos uma visão estereotipada de um filhinho mimado, os


príncipes medievais em sua grande maioria eram detentores de inúmeras perícias sociais e combativas – perícias que fariam inveja a qualquer clérigo ou guerreiro. Filhos da nobreza possuidores de grandes formações acadêmicas e religiosas, eram homens aptos à arte e à guerra. Suas posses englobavam imensas bibliotecas, excelentes equipamentos para treino, dinheiro para os melhores professores de combate e, entre outras, dinheiro para não precisar trabalhar (o que lhe conferia tempo hábil o suficiente para práticas de caça, esgrima, etiqueta etc.).

Então, por que damos aos príncipes um caráter de idiota? Na verdade, ao contrário disso, eles poderiam dar grandes personagens e vilões, principalmente daqueles que movimentam enormes massas de soldados e esmagam províncias e condados sem dó nem piedade – e que se mostram altamente mortais num combate corpo-a-corpo (contra todo o grupo, diga-se de passagem).

Uma realidade triste.

Sim, caro amigo, o príncipe é virtualmente melhor que o seu personagem. Não!, não tente discutir comigo, ele é!, acabou. Veja: ele não possui a pele castigada e cicatrizada como a de um guerreiro; é mais apresentável socialmente que todo o elenco masculino do grupo junto; tem acesso aos melhores equipamentos e professores do reino, além de treinos particulares com os mesmos; tem acesso às melhores literaturas e conhecimentos disponíveis no mercado; é dono de uma fortuna que se confunde com o erário da nação; é auxiliado por grandes homens, e vários outros lances legais que nunca sonharemos em ter etc. Então, o que torna, efetivamente, o seu guerreiro nível 1 melhor que o engomadinho real que não é um engomadinho real mas sim um desvirginador nato?

Você.

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